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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Praia, Brazilian Day e Cultura Americana

                                  Bonjour monde! Segunda semana em solo americano e então, algumas atualizações: com a partida da 'querida' Irene no domingo, foi decidido então que iríamos para a praia na segunda-feira à tarde. Em resumo, fomos para Delaware, mais precisamente: Dewey Beach, uma praia super calma mas muito bacana. Foi a primeira vez que 'vi' o mar e gostei bastante. Voltamos da praia no sábado à tarde e com quase tudo já combinado de que eu iria para o Brazilian Day no domingo de manhã.
                                   Detalhe: como havia tido furacão e fomos para a praia eu não tive a oportunidade de conhecer minha cidade bem e portanto, eu não sabia nem como chegar em casa direito. Ou seja: me imaginem pegando trem sozinha e ir para NYC? Sim, foi um sufoco, sorte que encontrei a menina que foi minha companheira de quarto (no treinamento em Stamford) indo para o Brazilian Day também, então fomos juntas e, chegando em NYC eu já ia encontrar com uma outra au pair da Inglaterra, Abigail. Fomos então para a Little Brazil, já que o show estava marcado para começar às 11 da manhã. E claro, adivinhem? Ficamos esperando horas, naquele sol de deserto e o show só começou às 1 da tarde, aproximadamente. Bom, faz parte da cultura brasileira um breve atraso, certo?
                                   Tirando o atraso, a festa foi muito boa. Para ser mais precisa, lembrava um pouco carnaval: clima quente, muita gente, música brasileira (não axé, mas o clima de carnaval estava no ar). E como os organizadores são muito espertos, colocaram Exaltasamba primeiro, depois teve Netinho cantando o hino nacional (?) e por último Luan Santana!!! Estava muito bom e aproveitamos bastante. Falando em aproveitar, a britânica e eu fomos dar uma volta na Times Square, já que ficava perto de onde estávamos. Como sempre, a praça estava lotada e com um trânsito caótico. Depois disso, hora de ir embora. Mais algumas quebradas de cabeça com os horários do trem e enfim chego em minha cidade. E claro, ainda tinha a parte de que eu não sabia voltar para casa direito! Oui, eu não sabia. Fui andando reto, tentando achar algum ponto mais conhecido e não achava. As ruas todas escuras, quase não tinha iluminação e eu sinceramente achei que estava perdida em uma cidade de apenas sete mil habitantes. Mais alguns minutos e finalmente acho o ponto que precisava para chegar em casa e o fiz. É no sufoco que às vezes aprendemos a sobreviver (não que esse tenha sido um grande sufoco, e sim, quem tem boca vai à Roma - não no meu caso pois não tinha ninguém na rua -  mas agora eu não me perco mais na cidadezinha).
                              Agora mudando um pouco de assunto, vamos pensar um pouco sobre a cultura americana. O que primeiamente vem em nossa mente ao pensar nos Estados Unidos da America: fast-food (fast-fat-food), música, cinema, potência mundial, carros, compras. Sim, entretanto, além disso tem a parte conservadora mas receptiva das pessoas, o perfeccionismo, a pontualidade e claro: a praticidade. É como se tudo fosse minuciosamente planejado, pensado, traçado e como se eles quisessem mostrar tudo isso ao mundo, mas que ficasse bem claro que 'o mundo' deve (sim, deve, e não deveria) respeitar seu espaço, autonomia e privacidade. Por isso muitas vezes ouvimos dizer (e o comprovamos quando aqui estamos) o quanto americano é 'seco' ou 'frio'. Mas tudo, é claro, é questão de cultura, maneira que foram criados e também a maneira que o próprio país foi edificado. É incrível o respeito que todos tem pelas leis e pelos direitos pessoais e alheios, e não é por acaso que o país ocupe lugar tão privilegiado no cenário mundial e que, na minha opinião, esteja o dólar alto ou baixo, economia forte ou fraca, vai sempre ocupar tal posição pois eles tem influência e competência suficiente para isso.
                             Em relação à praticidade isso já é de conhecimento de todos. Às vezes nos perguntamos o porquê de tando e esquecemos de que nos dias de hoje, com a correria do dia a dia, certas praticidades como estas americanas são uma solução mais que eficiente. Desde lava-louça à sacola plástica, tudo aqui é milimetricamente pensado para trazer conforto aos lares e consequentemente, proporcionar mais tempo para as pessoas. Já imaginou ter uma secadora de roupa em um dia de chuva? Já se imaginou abrindo uma lata de milho com um abridor de lata elétrico? E poder jogar papel higiênico na privada sem medo de entupí-la? E um adaptador de tomada que se pode usar em todo mundo e ainda é conversor de energia? Seria bom, certo? Às vezes tudo isso parece 'besteira', mas no fundo é tudo que pessoas com vidas ocupadas precisam para terem uma vida menos extressante (de certa forma).
                              Um fato interessante e negativo que encontrei foi a respeito da aprendizagem de idiomas. É comum dizerem que cursos de idiomas nos EUA são caros, e sinceramente não tive a oportunidade de confirmar isso. O mais curioso porém, é que crianças e adolescentes americanos não tem aulas de idioma nas escolas públicas. Somente nas escolas particulares e faculdades/universidades se tem aulas de idiomas e mesmo assim as opções são restritas a espanhol e francês (segundo me informaram). Pensemos: um país de tamanha influência deveria pensar que, embora possuíssem o idioma 'mundial' para negócios, diplomacia e pesquisas, é fundamental preparar sua população para novos desafios e culturas, principalmente quando se tem interesse em determinado local (por exemplo, interesse no petróleo, gás natural, reservas de água e potencial biológico [biológico, não tecnológico ou intelectual, não mesmo] brasileiros) e convenhamos que, se tem um país neste mundo que interfere em praticamente tudo, este país são os Estados Unidos. Este pequeno detalhe porém não parece fazer muita diferença na vida de ninguém por aqui.
                             Para finalizar a parte 'cultura americana', é imprescindível resaltar a culinária norte-americana. Geralmente, se faz três refeições ao dia e às vezes pequenos lanches entre cada uma. No café da manhã, nem sempre temos ovos mexidos com bacon, mas também pães, sanduíches de manteiga de amendoim com geléia, cereais e frutas (ou simplesmente o que a vontade permitir). No almoço sim é comum fast-food, sanduíches de manteiga de amendoim com geléia, ou para quem tem famílias como a minha: arroz, feijão, carne, salada, macarrão, ect. Não é muito comum nosso famoso café da tarde, já que por aqui, a janta geralmente é servida das cinco da tarde às sete da noite. Na verdade, jantar às sete ou oito da noite para a maioria aqui é coisa de outro mundo. Além dos fast-fat-foods, também encontramos pratos interessantes e até saudáveis. São vários pães, tortas, saladas e bolos fáceis de fazer e deliciosos. Sempre que puder, colocarei receitas para vocês de um livro de uma das mais conhecidas cozinheiras americanas: Fannie Farmer. Para começar, uma receita que não é da Farmer, mas creio que todos vão gostar: Cookie. Já dividi ela com vários amigos do facebook, e agora no blog também. Quem fizer primeiro conta como ficou, certo? Perdoem-me por mais um post-gigante, mas a pequena aqui ficou empolgada e achou que era escritora. Às meninas que estão na batalha, boa sorte, vocês vão amar isso aqui. À bientot!

                                                           Próxima receita: Apple Pie



COOKIE

Ingredientes:

2 1/4 copos de farinha de trigo
1 colher de sopa de bicarbonato de sódio (sim, bicarbonato)
1 colher de sopa de sal
1 copo de manteiga (sim, um copo e por causa disso não é preciso untar a forma ao assar)
3/4 copo de açúcar branco
3/4 copo de açúcar mascavo
1 colher de sopa de essência de baunília
2 ovos grandes
2 copos de gotas de chocolate
1 copo de nozes picadas (opcional)


Modo de preparo:

1 - Misture a farinha de trigo, o bicarbonato e o sal em uma tigela pequena.
2 - Bata a manteiga, o açúcar branco, o açúcar mascavo e a essência de baunília em uma vasília grande até que a massa fique cremosa.
3 - Adicione os ovos, um de cada vez, batendo bem após cada adição. Gradualmente, adicione a mistura de farinha de trigo\bicabornato\sal. Misture bem.
4 - Adicione as gotas de chocolate e as noses e mexa bem.
5 - Com uma colher, faça as porções de cookies do tamanho que quiser, não precisa de fazer "bolinhos" com as mãos, pois eles normalmente\geralmente ficam naquele formato achatado naturalmente. Coloque em um tabuleiro (não precisar untar com óleo nem nada pois já tem muita manteiga).
6 - Asse por 10 ou 14 minutos, ou até adquirir cor dourada.
7 - Tire do forno e deixe esfriar. Depois de "frios" já podem ser retirados do tabuleiro.
                   

4 comentários:

  1. Bia!!!
    Vou tentar a sua receita.
    Tudo de bom pra ti ;)

  2. Domingo é dia de novidade na culinária, farei coookie. Bjs!

  3. Achando q é escritora? Vc poderia ser se quisesse... mais um vez digo q vc escreve muito bem.
    Tb vou fazer esse cookie aqui qualquer dia... os q vendem no Brasil são tão enjoativos na minha opinião... vamos ver se o tipicamente americano é tão bom assim qnto dizem... rs.
    No mais adorei o modo como tá sua vida... q bom q tá aproveitando.

    Beijos

  4. Saudade de você ! To querendo ver filme mas nao tem ningueem ! =/

    Faz falta e muiito ! ♥ Te amo mtoooooooooo "

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